quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Paulistão #3


 O Tigre do Vale


                Mais um dos caçulas dessa edição do campeonato Paulista, o Grêmio Novorizontino completa apenas 6 anos de idade e já está disputando a principal competição do estado. Fundado para substituir o “finado” Grêmio Esportivo Novorizontino, o clube teve apoio de empresários, torcedores e ex-jogadores do Grêmio Esportivo para sair do papel.

                Em 2012, conquistou o acesso da Serie B para a seria A3 do paulista numa campanha que contou com 6 vitórias, 5 empates e apenas uma derrota. Em 2014 vem a grande campanha do titulo da série A3. Na fase de pontos corridos, obteve 9 vitórias, 7 empates e 3 derrotas, garantindo a segunda colocação. No jogo de ida, aplicou um 4x0 fora de casa contra o Independente. No jogo de volta, fez apenas um 1x0 para consagrar-se campeão.

                Em 2015, embalado pela ultima conquista, fez uma grande campanha na série A2, sempre entre os primeiros colocados. Dia 27 de abril, com a derrota de São Caetano para a Ferroviária, o tigre conquistou a grande objetivo do acesso para a primeira divisão paulista com uma rodada de antecedência, terminando a competição com a segunda colocação.

                Dos jogadores que passaram por essa curta história do Tigre, vale destacar Alessandro Cambalhota, jogador que passou por Corinthians, Cruzeiro  e Porto, e também Guilherme Queiróz, atacante que atualmente está no Figueirense.

                Em 2016, dos três jogos que disputou, Novorizontino somou 2 pontos, empatando com Botafogo –SP e Linense e perdendo para o São Bento.



Zé Lucas

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Paulistão #2

Galo de Itu


          Em 24 de maio de 1947, surge na cidade com mania de grandeza o Ituano Futebol Clube, fundado por empresários da Estrada de Ferro Sorocabana o clube possuía outro nome, Associação Atlética Sorocabana, mudando para Ferroviário Atlético Ituano em 1960 e por fim, em 1990 ficou com o nome que conhecemos hoje.

          Sua primeira grande campanha veio em 1989, ainda com a alcunha de Ferroviário, conquistou a serie A2 do paulista. Com a ascensão na divisão paulista a fama do clube começou a crescer, até mesmo o comediante Simplício fez um personagem, Rosauro, que usava as cores do time no programa A Praça é Nossa.

          Nos anos 90, surge um dos maiores jogadores que o clube já revelou, o Pentacampeão Juninho Paulista que mais tarde se tornaria presidente do clube. Também tem a chegada de um nome muito importante pra sua história, em 1999 chega Oliveira Junior para administrar o clube arruma a casa, faz uma estrutura melhor e consegue montar o time de 2001, que conquista o acesso a primeira divisão paulista. Reforma tão bem feita que logo em 2002, vem um dos títulos mais importante de sua história, o Campeonato Paulista de 2002 (competição que não contava com Corinthians, Guarani, Palmeiras, Paulista de Jundiaí, Ponte Preta, Portuguesa, Santos, São Caetano e São Paulo que disputavam o Rio-SP). O Galo teve apenas 4 derrotas com um aproveitamento de 61%, consagrou-se campeão. Nesse ano também conquistou a Copa São Paulo.

          Em 2003, Ituano consegue seu primeiro titulo nacional conquistando a serie C do campeonato nacional, numa competição que continha 93 clubes, o Galo teve uma campanha com 10 vitórias, 2 empates e 6 derrotas.

          Depois de 7 anos de verdadeiro ioiô nos campeonatos que disputava, Juninho Paulista retorna ao clube, mas na função de administrativa. Em 2011, com um plantel muito modesto (pra não dizer ruim) o Ituano lutou o campeonato paulista todo para não cair e como um milagre, conseguiu isso com uma combinação de resultados incrível. Em 2013, a historia se repetiu e mais uma vez brigaria pra não cair no paulistão. Chegou nas duas ultimas rodadas precisando de 6 pontos em dois jogos. A tarefa era mais difícil pois enfrentaria o maior rival, Paulista, em Jundiaí e o Palmeiras em Itu. Venceu o Paulista depois de sair duas vezes atrás do placar e chegou contra o Palmeiras dependendo só dele para permanecer, porque o Mirassol perdeu seu jogo. Até os 46 minutos do segundo tempo, a situação era a seguinte - Mirassol ganhava por 3x0 e o Ituano estava empatando com o Palmeiras em 1x1. Rebaixamento estava certo. Mas no ultimo lance do jogo, Bruno - então goleiro do Palmeiras - deu um rebote nos pés de Marcão, que fez o gol e salvou o rubro-negro.

          Em 2014, veio a temporada que até os Deuses do futebol duvidariam. Com um elenco se grandes nomes, mas com uma grande obediência tática, o Ituano foi derrotando e eliminando os gigantes da capital, até chegar na disputa de pênaltis que fez a equipe levantar o troféu de campeão paulista.

          Ituano já revelou jogadores como Juninho Paulista (citado a cima),  Elicarlos, Richarlyson dentre outros.

          Em 2016, busca fazer de novo a mescla vencedora de jogadores jovens que fizeram grande campanha na copinha com jogadores já rodados. Na estreia do paulistão, teve um empate de 1x1 contra o São Bento.

Zé Lucas

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A Incógnita São Paulina. A primeira temporada pós-Rogério Ceni


As perdas de jogadores do ano passado, a situação financeira que impede grandes reforços e os bastidores conturbados tornam a temporada 2016 do SPFC uma incógnita. O quanto as situações fora de campo podem influenciar o que acontece dentro dele?

Além disso, com meus (hoje, janeiro de 2016) 18 anos nunca cheguei a ver uma temporada do clube sem seu ídolo mor, capitão, goleiro e dono das bolas paradas: Rogério Ceni.

Os reforços:

Edgardo Bauza: principal e melhor contratação do clube no ano. O experiente e vitorioso técnico chega ao SPFC com uma maneira de trabalhar mais competitiva - diferente de Juan Carlos Osorio, que era mais filosófico. A questão é: até onde irão ter paciência com Bauza? Históricos de Ricardo Gareca, Diego Aguirre e o já citado Juan Carlos Osorio desaminam-nos em relação ao tempo de trabalho que El Patón(alcunha de Bauza) terá. Mas existe algo que pode pesar a favor dele: os títulos no currículos podem servir como moletas para mantê-lo no cargo.

Mena: o lateral esquerdo chileno que é contestado por onde quer que passe. Titular na seleção chilena por falta de opções, com Jorge Sampaoli mantém uma boa regularidade e não atrapalha o time - diferente do que acontece com ele nos clubes que passou no Brasil. Mena não sabe apoiar e, para nossa cultura isso é inadmissível. A torcida e a mídia brasileira preferem uma avenida à um jogador que agrega a defesa, mas é pouco efetivo no ataque - a exemplo das críticas ao alemão Höwedes durante a copa. Talvez Edgardo Bauza possa fazer com que Mena tenha, enfim, uma boa temporada.

Kieza: bom jogador. Kieza é um ótimo centroavante que possui: explosão física, força e capacidade de finalização. Um centroavante completo. Resta saber como vai ser a transição para um clube de grande expressão internacional.

Calleri: não vou comentar muito sobre ele. Ficará pouco tempo, e pode fazer com que o time engrene num modo de jogar e depois tenha que mudar seu padrão de jogo. Calleri pode agregar muito nas primeiras competições do ano, quem sabe campanhas de título. Mas no meio do ano é adeus.

Lugano: o ídolo retornou. Velho, lento e violento. Diego Lugano perdeu espaço na Europa e retornou para a América do Sul. A boa campanha no campeonato paraguaio foi crucial para sua contratação.

As saídas:

Alexandre Pato: recuperou o bom futebol na equipe do Morumbi. Gostando dele ou não, ele jogando com raça ou não: as duas últimas temporadas foram boas. Em 2014 ao lado de Kardec ou em 2015 jogando aberto pela esquerda. A estadia no clube foi a melhor coisa que aconteceu para o jogador nos últimos anos. O São Paulo pode sentir falta da excelente finalização de Pato.

Rogério Ceni: enfim, o fim. O lendário goleiro se retirou e ninguém sabe como isso pode influenciar dentro do clube. Denis assume sua posição como goleiro são paulino. O torcedor espera que não aconteça o mesmo que houve com o Palmeiras pós-Marcos.

Para terminar: os retornos de Breno e Alan Kardec. Acredito que esses dois podem ser os pilares de uma grande temporada para o tricolor paulista.

Breno pode consertar a zaga, a expectativa é grande desde o ano passado.
Kardec teve uma lesão seríssima e retornou já na reta final do último brasileirão. Agora deve estar melhor fisicamente. Taticamente e tecnicamente demonstrou excelência no Palmeiras e no próprio São Paulo. Arrisco até que ele seja hoje o melhor centroavante brasileiro do brasileirão - levando em conta aspectos técnicos, táticos e físicos. Sim, pouco melhor que o Ricardo Oliveira.


Então, a expectativa para o clube é: disputa por título na Libertadores e no Estadual; no Brasileirão deve ficar entre 4º a 8º lugar; na Copa do Brasil, se quiser, pode até levar a taça.




Por: Kaique Oliveira

domingo, 31 de janeiro de 2016

Paulistão #1


O novato


          O Esporte Clube Água Santa, de Diadema - SP, é o mais novo participante da série A1 do Campeonato Paulista. Apenas se tornou profissional no ano de 2011, o Gigante do ABC nasceu de migrantes nordestinos, mineiros e nortistas que viam o futebol como uma forma de lazer em Diadema.
          Começando humilde, aos poucos conquistou títulos, tricampeão amador de Diadema, só em 2013 foi disputar sua primeira competição profissional, a segunda divisão do campeonato paulista. Sempre liderando os grupos, chegou a final contra a Matonense, onde ganhou o jogo de ida por 5x2, mas acabou perdendo o jogo de volta por 4x0, tornando-se o vice campeão.
Em 2014, disputou a serie A3 do paulistão, divisão que conquistou a terceira colocação, e assim, classificou para a A2. Numa campanha boa, com 11 vitórias, 2 empates e 6 derrotas, o time conquistou o acesso para a elite do futebol paulista para alegria dos Aquáticos (nome dado a torcida). 
          Em 2016, quase ficou de fora do Paulistão por problemas estruturais no seu estádio, porém o time conseguiu regulamentar tudo a tempo e garantir sua participação no campeonato. Logo na estreia, ganhou de 1x0 da Ferroviária.
          Água Santa já teve grandes nomes do futebol vestindo sua camisa, como Claudecir, Zinho Capixaba e Dinei, sem contar que mesmo sem a classificação de clube formador, já revelou jogadores como Neílton (ex-Santos), Fabio Ferreira (Ex-botafogo).
          Contra tudo e contra todos, o Água Santa tenta fazer uma campanha boa para que se mantenha na principal divisão estadual e tentar uma classificação entre os 8 primeiros para conquistar uma chance de disputar uma competição nacional.



Zé Lucas

domingo, 17 de janeiro de 2016

Grêmio em busca da quebra do jejum


2016 entra como um ano de incômodo para o torcedor gremista, por mais que o Tricolor Gaúcho seja a equipe brasileira mais regular dos últimos 8 anos, a falta de erguer uma taça é algo que sempre vem à mente quando começa um novo ano. Porém desta vez contando com um treinador extremamente promissor e um elenco muito habilidoso, o Grêmio começa o ano como uma equipe favorita (novamente) aos títulos em disputa.

O primeiro desafio começa com a recém-criada Primeira Liga, depois tem o campeonato gaúcho, outro jejum incômodo já que está há 5 anos sem ganhar o título, a Libertadores, Campeonato Brasileiro e por fim a Copa do Brasil, já que entrará somente na fase de oitavas de final por causa da disputa da Libertadores. Agora com a zaga reforçada com os zagueiros Kadu e Fred, que fizeram ótimo 2015 por Atlético PR e Goiás respectivamente, e a baixa de Galhardo, o Grêmio praticamente manteve o time de 2015 como base, e entra como um forte candidato para ser campeão e finalmente quebrar o jejum que perdura desde a Copa do Brasil de 2001.

Com as táticas modernas de Roger Machado e o bom futebol da última temporada, o título pode ser uma realidade bem próxima.

domingo, 10 de janeiro de 2016

PROCURA-SE CRAQUE

          Com a chegada de mais uma eleição de melhor jogador de mundo, vulgo Bola de Ouro FIFA, vemos mais uma vez a história repetir. Mais um ano Cristiano Ronaldo e Lionel Messi figuram os 3 melhores e são candidatos a levar o premio.: O argentino, impulsionado pela grande fase do futebol do Barcelona, concorre ao premio pelo 9° ano consecutivo, já o gajo só não participou do ano de 2010, vem para a oitava premiação de sua carreira. Mas por que temos tantas vezes a mesma dupla concorrendo? Faltam craques ou o futebol coletivo esconde eles?
          Temos na atual campeã mundial, a Alemanha, uma possível resposta para essa pergunta. Dentro das grandes jogadas e dos passeios em alguns jogos, sempre vemos a coletividade e versatilidade como a principal arma alemã. Com um zagueiro improvisado na lateral (Howedes), um goleiro fazendo a da defesa, com um lateral jogando de volante (Lahn) e um ataque com grande deslocamento e multifuncional com Thomas Muller, nenhuma equipe foi párea para a campeã mundial. Difícil escolher um jogador desse elenco com grande destaque desse time pois o conjunto fala mais forte e aparece mais.
          Em contra partida, temos o atual campeão da Champions e do mundo, o Barcelona. Mesmo com o grande fator de coletividade, é possível ver e citar os destaques individuais da equipe. Suarez como o grande matador, Neymar como opção de pontas e Messi orquestrando esse ataque, são o grande diferencial da equipe da Catalunha que encantou o mundo na ultima temporada. O trio desmontou o grandioso Bayern Munchen e quebrou a grande defesa da Juve na final, sempre contando com o talento individual desses jogadores. O campeão da Copa América Chile também é um exemplo de como um time pode jogar em conjunto faz a diferença mas o destaque de Alexis e Vargas aparece de forma decisiva. A seleção tem um elenco tão entrosado e joga de maneira coletiva que ao ver a boa atuação de jogadores como o contestado Valdivia chega a assustar.
Mas qual a sua opinião caro leitor? Falta craques ou o futebol coletivo os esconde? Deixe nos comentários.
Sr Z.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O 2016 do Palmeiras! Outra montanha russa?




O Palmeiras iniciou em 2015 um projeto para trazer de volta a grandeza do clube que mais vezes conquistou títulos nacionais. Novo técnico: Oswaldo de Oliveira. Novo elenco: apenas Fernando Prass, os garotos da base e os argentinos permaneceram do time quase rebaixado em 2014. Reforços: Alexandre Mattos trouxe uma barca de jogadores para o clube - três (as vezes mais) por posição. 

Pelo que observei na temporada, a estratégia era: dos três que vieram, os dois que rendessem melhor ficam e quem sobrar vai embora. Assim se livrou de jogadores como Ayrton, Alan Patrik e Ryder. 

O time é vice do paulista e após tropeços no brasileirão Oswaldo é demitido. Na opinião deste que escreve, Oswaldo só foi demitido porque o bicampeão estava no mercado. E assim Palmeiras assinou com Marcelo Oliveira.

O resto da temporada foi igual ao seu começo: uma montanha russa. Altos e baixos, baixos e altos. Para a sorte dos palmeirenses, um dos momentos de altos culminou na conquista da Copa do Brasil.

Para esta temporada o clube manteve a base e trouxe reforços pontuais como Erik, Moisés e Edu Dracena. Se livrou de contestados como Victor Ramos, Amaral e Andrei Girotto. Contratou duas apostas, o volante Rodrigo ex-Goiás e o meia Régis ex-Sport. Mas trouxe o contestado Roger Carvalho para a zaga. 

Até aqui, Palmeiras aparenta estar fazendo razoavelmente o certo. Parece esquecer da sua deficiência na lateral esquerda - seria loucura fazer um planejamento contando com o Zé Roberto pra ser titular da posição. O clube conta com a volta de Victor Luiz para a posição.

O melhor reforço alviverde vem do DM: Gabriel e Cleiton Xavier. Um teve uma lesão séria e o outro uma série de lesões. Caso consigam jogar esse ano, o meio campo palmeirense tornar-se-irá um dos melhores de todo o país. 

Mas precisamos analisar a comissão técnica. Marcelo Oliveira deixou seu time repetir as mesmas falhas várias e várias vezes. E não esboça consertar pois muitas das falhas vem de conceitos ultrapassados do futebol, exemplo da marcação mano-a-mano com longas perseguições. No ataque, a falta de repertório torna o time manjado. Já na parte de preparação física e departamento médico, o clube sofre com inúmeras lesões de diversos atletas faz anos. Em 2013 chegou a disputar um jogo decisivo de Libertadores com 13 jogadores no DM. Mas este ano, apesar das lesões, eles fizeram um ótimo trabalho ao recuperar Arouca a tempo de jogar - e muito bem - as duas finais da Copa do Brasil. 

Taticamente falando, o Palmeiras é uma incógnita. Acredito que, dependendo das características dos jogadores, é possível vencer jogos mesmo com as falhas táticas citadas - como foi o Cruzeiro do mesmo Marcelo. Mas uma coisa é certa: este ano para o Marcelo Oliveira é sem desculpas. Conhecendo o elenco e tendo o início da temporada para trabalhar, o time tende a dar consistência ao padrão de jogo do seu treinador. 

E as pretensões? O investimento feito, a manutenção do elenco campeão da Copa do Brasil, os reforços pontuais e a volta de Cleiton Xavier e Gabriel fazem do Palmeiras um dos times que brigarão pelo título. Resta saber se as falhas do ano passado continuarão a deixar a equipe palestrina em uma montanha russa.




Por: Kaique Oliveira


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