segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A Incógnita São Paulina. A primeira temporada pós-Rogério Ceni


As perdas de jogadores do ano passado, a situação financeira que impede grandes reforços e os bastidores conturbados tornam a temporada 2016 do SPFC uma incógnita. O quanto as situações fora de campo podem influenciar o que acontece dentro dele?

Além disso, com meus (hoje, janeiro de 2016) 18 anos nunca cheguei a ver uma temporada do clube sem seu ídolo mor, capitão, goleiro e dono das bolas paradas: Rogério Ceni.

Os reforços:

Edgardo Bauza: principal e melhor contratação do clube no ano. O experiente e vitorioso técnico chega ao SPFC com uma maneira de trabalhar mais competitiva - diferente de Juan Carlos Osorio, que era mais filosófico. A questão é: até onde irão ter paciência com Bauza? Históricos de Ricardo Gareca, Diego Aguirre e o já citado Juan Carlos Osorio desaminam-nos em relação ao tempo de trabalho que El Patón(alcunha de Bauza) terá. Mas existe algo que pode pesar a favor dele: os títulos no currículos podem servir como moletas para mantê-lo no cargo.

Mena: o lateral esquerdo chileno que é contestado por onde quer que passe. Titular na seleção chilena por falta de opções, com Jorge Sampaoli mantém uma boa regularidade e não atrapalha o time - diferente do que acontece com ele nos clubes que passou no Brasil. Mena não sabe apoiar e, para nossa cultura isso é inadmissível. A torcida e a mídia brasileira preferem uma avenida à um jogador que agrega a defesa, mas é pouco efetivo no ataque - a exemplo das críticas ao alemão Höwedes durante a copa. Talvez Edgardo Bauza possa fazer com que Mena tenha, enfim, uma boa temporada.

Kieza: bom jogador. Kieza é um ótimo centroavante que possui: explosão física, força e capacidade de finalização. Um centroavante completo. Resta saber como vai ser a transição para um clube de grande expressão internacional.

Calleri: não vou comentar muito sobre ele. Ficará pouco tempo, e pode fazer com que o time engrene num modo de jogar e depois tenha que mudar seu padrão de jogo. Calleri pode agregar muito nas primeiras competições do ano, quem sabe campanhas de título. Mas no meio do ano é adeus.

Lugano: o ídolo retornou. Velho, lento e violento. Diego Lugano perdeu espaço na Europa e retornou para a América do Sul. A boa campanha no campeonato paraguaio foi crucial para sua contratação.

As saídas:

Alexandre Pato: recuperou o bom futebol na equipe do Morumbi. Gostando dele ou não, ele jogando com raça ou não: as duas últimas temporadas foram boas. Em 2014 ao lado de Kardec ou em 2015 jogando aberto pela esquerda. A estadia no clube foi a melhor coisa que aconteceu para o jogador nos últimos anos. O São Paulo pode sentir falta da excelente finalização de Pato.

Rogério Ceni: enfim, o fim. O lendário goleiro se retirou e ninguém sabe como isso pode influenciar dentro do clube. Denis assume sua posição como goleiro são paulino. O torcedor espera que não aconteça o mesmo que houve com o Palmeiras pós-Marcos.

Para terminar: os retornos de Breno e Alan Kardec. Acredito que esses dois podem ser os pilares de uma grande temporada para o tricolor paulista.

Breno pode consertar a zaga, a expectativa é grande desde o ano passado.
Kardec teve uma lesão seríssima e retornou já na reta final do último brasileirão. Agora deve estar melhor fisicamente. Taticamente e tecnicamente demonstrou excelência no Palmeiras e no próprio São Paulo. Arrisco até que ele seja hoje o melhor centroavante brasileiro do brasileirão - levando em conta aspectos técnicos, táticos e físicos. Sim, pouco melhor que o Ricardo Oliveira.


Então, a expectativa para o clube é: disputa por título na Libertadores e no Estadual; no Brasileirão deve ficar entre 4º a 8º lugar; na Copa do Brasil, se quiser, pode até levar a taça.




Por: Kaique Oliveira
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © Mais que um jogo | Powered by Blogger Design by ronangelo | Blogger Template Mais Template