quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O 2016 do Palmeiras! Outra montanha russa?




O Palmeiras iniciou em 2015 um projeto para trazer de volta a grandeza do clube que mais vezes conquistou títulos nacionais. Novo técnico: Oswaldo de Oliveira. Novo elenco: apenas Fernando Prass, os garotos da base e os argentinos permaneceram do time quase rebaixado em 2014. Reforços: Alexandre Mattos trouxe uma barca de jogadores para o clube - três (as vezes mais) por posição. 

Pelo que observei na temporada, a estratégia era: dos três que vieram, os dois que rendessem melhor ficam e quem sobrar vai embora. Assim se livrou de jogadores como Ayrton, Alan Patrik e Ryder. 

O time é vice do paulista e após tropeços no brasileirão Oswaldo é demitido. Na opinião deste que escreve, Oswaldo só foi demitido porque o bicampeão estava no mercado. E assim Palmeiras assinou com Marcelo Oliveira.

O resto da temporada foi igual ao seu começo: uma montanha russa. Altos e baixos, baixos e altos. Para a sorte dos palmeirenses, um dos momentos de altos culminou na conquista da Copa do Brasil.

Para esta temporada o clube manteve a base e trouxe reforços pontuais como Erik, Moisés e Edu Dracena. Se livrou de contestados como Victor Ramos, Amaral e Andrei Girotto. Contratou duas apostas, o volante Rodrigo ex-Goiás e o meia Régis ex-Sport. Mas trouxe o contestado Roger Carvalho para a zaga. 

Até aqui, Palmeiras aparenta estar fazendo razoavelmente o certo. Parece esquecer da sua deficiência na lateral esquerda - seria loucura fazer um planejamento contando com o Zé Roberto pra ser titular da posição. O clube conta com a volta de Victor Luiz para a posição.

O melhor reforço alviverde vem do DM: Gabriel e Cleiton Xavier. Um teve uma lesão séria e o outro uma série de lesões. Caso consigam jogar esse ano, o meio campo palmeirense tornar-se-irá um dos melhores de todo o país. 

Mas precisamos analisar a comissão técnica. Marcelo Oliveira deixou seu time repetir as mesmas falhas várias e várias vezes. E não esboça consertar pois muitas das falhas vem de conceitos ultrapassados do futebol, exemplo da marcação mano-a-mano com longas perseguições. No ataque, a falta de repertório torna o time manjado. Já na parte de preparação física e departamento médico, o clube sofre com inúmeras lesões de diversos atletas faz anos. Em 2013 chegou a disputar um jogo decisivo de Libertadores com 13 jogadores no DM. Mas este ano, apesar das lesões, eles fizeram um ótimo trabalho ao recuperar Arouca a tempo de jogar - e muito bem - as duas finais da Copa do Brasil. 

Taticamente falando, o Palmeiras é uma incógnita. Acredito que, dependendo das características dos jogadores, é possível vencer jogos mesmo com as falhas táticas citadas - como foi o Cruzeiro do mesmo Marcelo. Mas uma coisa é certa: este ano para o Marcelo Oliveira é sem desculpas. Conhecendo o elenco e tendo o início da temporada para trabalhar, o time tende a dar consistência ao padrão de jogo do seu treinador. 

E as pretensões? O investimento feito, a manutenção do elenco campeão da Copa do Brasil, os reforços pontuais e a volta de Cleiton Xavier e Gabriel fazem do Palmeiras um dos times que brigarão pelo título. Resta saber se as falhas do ano passado continuarão a deixar a equipe palestrina em uma montanha russa.




Por: Kaique Oliveira


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